sábado, 9 de novembro de 2024

Crônica para os meus Sessenta e Sete

Dia 24 de outubro último, meu aniversário, Justino Cosme gravou dois vídeos meus alusivos à data, nos quais declamo duas trovas à margem do Rio Corrente e na Praça do Jacaré, em Santa Maria da Vitória: uma das trovas, de caráter humorístico, e outra, bem comportada, a mostrar um poeta reflexivo.







Postei essas filmagens nas redes sociais como também as enviei para minhas listas de transmissão do WhatsApp. Quase que instantaneamente, como sempre acontece por esse meio de contato, passei a receber inúmeras felicitações. Não pude responder na mesma velocidade. Fui, humanamente, respondendo a todos aos poucos, ora com economia vocabular, ora com “curtidas” ou emojis.

Dentre essas mensagens – umas maiores, escritas; outras menores, na forma de memes e emojis
, essa coisa toda do mundo digital –, destaquei três delas para redigir esta crônica. A primeira veio da amiga Clara Alcântara, mensagem carinhosíssima, abaixo transcrita:

“Meu caro amigo,

Hoje celebramos não apenas mais um ano da sua vida, mas também a beleza das suas palavras que nos tocam e inspiram. Que este novo ciclo seja repleto de versos novos, rimas soltas e muita criatividade.

Que a vida te presenteie com experiências que se transformem em poesia e que você continue a encantar o mundo com seu olhar sensível.

Feliz aniversário! Que a sua jornada seja iluminada por sonhos e muitas histórias para contar!

Com carinho,

Clara Alcântara”


Outra mensagem me veio em versos, para minha surpresa do amigo e colega de trabalho Cláudio Lima, com quem costumo falar de poesia e metrificação de trovas. Não é que o Cabo Lima (como o trato) fez uma poesia com três estrofes de versos (quase todos) em redondilha maior, isto é, setissílabos ou setíssonos, a comprovar perfeita assimilação do assunto!

“Uma homenagem ao amigo:

Parabéns para NOVAIS,
Pelos anos de LEILÃO.
A idade TANTO FAZ,
Pois está no CORAÇÃO.

Não escrevo só por MIM,
É por toda a COMISSÃO.
Amizade NÃO TEM FIM,
Tem começo e RAZÃO.

Aqui te CONHECEMOS,
Sua vida, sua HISTÓRIA.
Quando então PERCEBEMOS:
‘TU AMAS ESSA VITÓRIA!’

Em nome da Comissão de Leilão da Transalvador.

Claudio Lima.”


A última das três mensagens escolhidas, também de um colega de trabalho, não veio em versos, nem em prosa. Apenas apareceu sinalizado no WhatsApp que ele havia visto minha postagem, constatado pelos dois tiques duplos azuis. O amigo nada comentou, tão-somente encaminhou (por distração, assim creio) o link de um formulário para inscrição no “Plano Funerário Campo Santo Familiar”. Tomei um grande susto e – ato contínuo e impensado – respondi com um breviloquente “Boa noite”, quando ainda deveria ser “Boa tarde”, isso tudo por conta do imediatismo.

Vida que segue! Quem não se engana?! A Internet acelera ações e reações. Não abri o link do formulário. Pareceu-me aziago em demasia para tão belo momento de regozijo. Vade retro. Meus Sessenta e Oito – e outros mais – hão de vir, querendo Deus! E que seja assim!

Quem sou

Historieta zodiacal

Às vezes, a vida nos surpreende tão imponderavelmente que nem mesmo o mais invulnerado coração pode p rever e prevenir-se de algo que não de...