Uma noite chamada Natal
Prendem-me o corpo físico, inerte.
Porém, a vontade incontida de voar
Me leva a mundos imaginários:
Vou até Pasárgada, de Bandeira, e
Encontro, sem esforço, a mulher
Que quero do sonho não sonhado.
Tudo é tão rápido quanto inexplicável
Porque o tempo aparentemente gasto
Não cabe no transcorrido tempo real.
A viagem é estranhamente bela
Porque me deixa nos olhos da vida
Um agridoce gosto de saudade.
Volto aos Natais de um sapato de couro:
Duro, surrado...
Embaixo de uma cama de molas espirais
E colchão de junco: artesanal, xadrez,
Cuidadosamente confeccionado,
À espera de uma bola de matéria plástica.
Mas os dias são outros e bem reais,
E quatro formidáveis paredes de um
Apartamento me detêm, inapelavelmente,
Restando-me degustar os sofridos
Versos deste poema que, ainda assim,
Ousam libertar-me desta clausura.
Muito bom, amei
ResponderExcluirAdorei te ver ressitando o seu poema!!
ResponderExcluirVersos marcantes que certamente, muitos amigos passaram por momento semelhante!Avante grande Nova!
ResponderExcluirMuito legal versos realmente marcantes q fezem parte da vida d brasileiros q por um motivo maior festeja o natal longe de casa...
ResponderExcluirUma biografia diária. De um dia de Natal do incrível poeta Novais Neto. Parabéns pelo poema!
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